sexta-feira, 24 de abril de 2009

Bolsa pra todos os gostos

Por Lucas Carniel

Depois de Bolsa Escola, Bolsa Família e diversas outras eis que surge outro programa para incrementar ainda mais as bolsas do governo federal: a Bolsa Cultura.
Segundo o ministro da Cultura, Juca Ferreira, a reformulação da Lei Rouanet, que é a lei que estimula a cultura, ainda está em discussão. Existe ainda a intenção de se criar um cartão de crédito cultural como um vale refeição, só que ao invés de “encher o bucho” do povão, vai encher o povão de cultura.
A lei oferece benefícios fiscais para empresas que patrocinem eventos culturais, tais como obras cinematográficas, shows, apresentações teatrais, entre outras. Com esta alteração seriam criadas novas isenções de impostos e a escolha dos eventos a serem patrocinados seria feita em parceria com o governo federal. Desta maneira a distribuição dos recursos formados pelos eventos de cunho social seria realizada em todos os cantos do país, até mesmo nos mais remotos rincões, pelo menos é isso que se espera. A intenção é muito boa e, querendo ou não, o incentivo e fomento à verdadeira cultura deve partir de algum lugar, uma vez que as pessoas não podem ficar escutando qualquer porcaria e achar que aquilo é música, ou ficar grudado o dia inteiro na Play Boy e ter a cara de pau de afirmar que só lê as reportagens (tô sabendo hehehe). Pelo menos mostra que o Ministério tem a intenção de levar cultura para todo o país, principalmente onde as verbas (bufunfa, cascaio) captadas através de eventos culturais são baixíssimas. Creio que as empresas não podem deixar de apoiar e até mesmo incentivar a iniciativa, afinal de contas todo o país só tem a ganhar.
O objetivo da criação do “Vale-Cultura” é oferecer, através de parceria com empregados e empregadores, cinquenta reais para serem gastos com cultura – seja a compra de livros (livros!!! Ouviu? Não revista Play Boy rsrsrsrsrs), em teatros, cinemas, e daí por diante. Parece ser utopia, mas, caso de certo, até pode ser aumentado, pelos governos estaduais e/ou municipais, os cinquenta mangos para uma quantia um pouco maior. Mas claro que uma oncinha, pelo menos no começo, tá de bom tamanho, já que existe milhões (e milhões e milhões) de pessoas que não gastam um centavo pra comprar um gibi que seja para os filhos.
Já não era sem tempo que o Brasil oferecesse novas oportunidades para o fomento à cultura, ou que pelo menos abrisse espaço para discussões. No modelo antigo (ou atual, pois a lei está sendo discutida para que passe pela reformulação) apenas os grandalhões – tanto produtores como patrocinadores – eram os detentores de grande fatia do mercado cultural. Agora, parecem que as portas se abrem para os pequenos projetos, inclusive para aqueles que, nos lugares mais remotos do Brasil, possam oferecer um vasto conhecimento para o enriquecimento cultural da sociedade.

3 comentários:

Unknown disse...

ótimo post

Lucas Carniel disse...

shashausah a gente se esforça

seri interessante se os leitores do blog mandassem dicas de artigos pra gente postar.
vlw

abraço

Lucas Carniel disse...

seria********