Por Cristiane Sabadin
Quatro rapazes, quatro estilos diferentes que se uniram e formaram um som único e inconfundível: a Radiophonics. A banda juntou dois integrantes de Francisco Beltrão, Digão (vocal) e Marcelo (bateria), e outros dois da cidade vizinha Pato Branco, Brod (baixo) e Jabuti (guitarra). Formada em 2004, a Radiophonics uniu nos quatro músicos o melhor do rock e pop do Sudoeste do Paraná.
Após uma pausa de um ano, onde os integrantes seguiram por caminhos e países diferentes, retomaram os trabalhos e começaram a conquistar o reconhecimento de fãs tocando em bares da região; a banda colocou o pé na estrada e partiu para desafios maiores. A Radiophonics tocou em São Paulo. O primeiro show na capital foi na Outs, um rock bar idealizado por frequentadores do circuito musical alternativo, localizado na tradicional Rua Augusta. Na casa que já recebeu em seu palco bandas nacionais e gringas, os meninos da Radiophonics deixaram sua marca: o bom e velho rock do Sul do país. Vale ressaltar que a Outs foi considerada pela revista Veja um dos bares mais underground do país. A banda passou também pela Mata Café, no bairro Itaim Bibi — o bar já foi palco todas as quintas-feiras da banda de Junior Lima. E os meninos já estiveram por lá.
Na bagagem durante as viagens para cada show, os Radiophônicos levam o talento e carisma de meninos interioranos, com jeito de sobra para encarar o país. Pelos bares onde tocam ganham mais adeptos do som dançante e das letras papo-cabeça de Digão. Letras que colocam para fora o que uma galera inteira pensa e quer dizer: fala de amor, amizade, família, dúvidas, sofrimento, alegria. As belas composições de Digão enfim ganham vida na voz inconfundível e única do vocalista, nos rifes de guitarra de Jabuti, no baixo bem traçado de Brod e nas batidas ritmadas de Marcelo.
O quarteto tem na cara, e especialmente na ideologia, a influência de outro quarteto histórico: John, Paul, George e Ringo, The Beatles. Mas a lista dos ídolos que despertaram nos quatro meninos a vontade de seguir o caminho da música é longa. Agora, após cinco anos na estrada, a banda acaba de gravar seu primeiro CD independente. A Radiophonics começa a ganhar a certeza que os fãs já têm desde os primeiros shows e ensaios na garagem: “vamos ser a melhor banda do Brasil.” Ninguém duvida.
Cristiane Sabadin é jornalista do Jornal de Beltrão, fã incondicional e radiophônica assumida.
Lendo 1984 nas entranhas da baleia
Há 6 anos
Nenhum comentário:
Postar um comentário