sexta-feira, 25 de setembro de 2009

YES: Rock Progressivo Além do Óbvio

Já faz alguns anos, uma loja de CD´s aqui em Pato Branco estava liquidando seu estoque; preços entre R$10 e R$ 20 reais. Garimpando no meio da liquidação apareceu um CD que me chamou atenção, tinha uma simples capa verde, com uma escrita psicodélica, "Close to the Edge – Yes". Legal, já tinha ouvido falar desses caras, na época (eu tinha 15) o pessoal da minha turma costumava definir rock progressivo em duas palavras: "Pink Floyd", e abaixo deles existiam outras coisas tipo..."Yes" eheheh...e um tal de Gênesis.

O CD tava R$ 10, alguma coisa me dizia pra levar, mas claro que não levei, pra quê né? Eu pirava ouvindo o Wish You Where Here achando que era a coisa mais bonita e genial do mundo (e verdadeiramente é, mas é apenas um dos álbuns mais bonitos), Yes não poderia ser tão bom quanto. Hoje, quando ouço “And You and I” me arrependo amargamente de não ter comprado aquela obra de arte vendida a preço de banana. E quando lembro que naquele dia comprei a trilha sonora do filme arquivo X tenho vontade me matar.

“Close to the Edge” é pra mim o melhor disco do Yes. São três músicas que resumem a característica de quase erudição do Rock Progressivo: “só o primeiro movimento, também intitulado Close to The Edge, e subdividido em quatro partes temáticas, é mais ou menos uma recriação livre e rapsódica (ou seja, disposto em trechos interdependentes ou não) do que seria a forma-sonata, típica da música erudita.” (Blog 1001 álbuns you Must Hear Before you Died Project).

A segunda faixa do disco, “And you and I” é fantástica, a música é dividida em quatro partes. Na segundo parte, “Eclipse”, a fluência do violão de doze cordas com o Mellotron cria uma melodia emocionante, soma da genialidade de Rick Wakeman e Steve Howe. “The Preacher, The Teacher”, terceira parte, é outro trecho marcante da canção, onde Jon Anderson prova sua habilidade como vocalista.

“Siberian Khatru” fecha o trabalho que já estaria completo só com suas duas primeiras faixas.

Minha experiência com o “Close to the Edge” serviu de lição, é sempre bom escapar do óbvio. Só depois fui descobrir com detalhes coisas como “o tal” do Gênesis, Frank Zappa, Gentle Giant e Van der Graff Generator, outros que fizeram coisas geniais e bonitas.




www.meunegocioerock.blogspot.com

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Entre chuteiras e bengalas

A posição de ter que torcer por algum time foi mais uma das quais anulei na infância. Tal opção perdura até hoje e creio que assim continuará - e os motivos não cabem aqui. O Brasil é o país do futebol e dos times idosos: hoje, dia 16 de setembro, o Grêmio faz 106 anos; no dia 12 de outubro, o Coritiba irá comemorar o seu centenário. Vale postar essa matéria que fiz para os 95 anos do Palmeiras, comemorados em agosto desse ano. Aqui ficam os meus parabéns, aos senhores de bengalas.



Posso perder minha mulher minha mãe desde que eu tenha o meu PALMEIRAS!


Quando Arnaldo Batista, Sérgio Dias e Rita Lee escreveram e musicaram os versos de “Posso Perder Minha Mulher, Minha Mãe, Desde Que Eu Tenha o Meu Rock And Roll”, certamente não imaginaram que a frase viria a calhar no meio de uma entrevista sobre times de futebol e, ainda, que o Rock and Roll em questão daria lugar para o Palmeiras. Tal adaptação pode parecer sandice, ou até mesmo injuria para alguns. Mas assim como existem aqueles apaixonados por música, há aqueles apaixonados por literatura, dança, teatro, cinema e futebol – nada fora do comum, ainda mais quando se vive num país intitulado como sendo “o país do futebol”. É a pluralidade cultural que bate a porta; aceitá-la e convidá-la para entrar é fundamental para viver em harmonia: voála, eis a receita para viver em sociedade.


Por trás dos óculos e do ar sério está um jovem “apaixonado pelo Palmeiras”, como ele próprio se define. Vinicius Augusto Muceno é apenas mais um entre tantos jovens brasileiros que trazem no peito a paixão por algum time de futebol desde a infância. Ele, que tem 24 anos, torce pelo Palmeiras desde 1992: “quando eu tinha sete anos, passei a torcer pelo time ao assistir uma partida contra o Vitória”, conta. Mas foi no ano seguinte que a paixão começou. “Em 1993 o Palmeiras conquistou pela segunda vez o Campeonato Paulista e, também, o Brasileirão, com jogadores como Edmundo, Edílson, Evair, Zinho e Vanderlei Luxemburgo como técnico”, justifica Vinicius, todo orgulhoso.


Por que o Palmeiras?


“A principal característica do Palmeiras é a raça, pois ele é um time que não se entrega fácil”. É por essas e outras que Vinicius escolheu o time paulistano para torcer. E quando indagado sobre o motivo de não optar por um time paranaense, Vinicius tem a resposta na ponta da língua: “na época em que comecei a torcer pelo Palmeiras, ali na década de 90, os times de expressão que existiam no cenário nacional eram os dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo”, explica o torcedor paciente, para a quase-jornalista-totalmente-desentendida-de-futebol.


Nessas quase duas décadas em que torce pelo time, Vinicius destaca a semifinal da Copa Libertadores da América de 1999, como sendo a partida mais emocionante do Palmeiras. “O Palmeiras jogou contra o Corinthians, a partida foi para os pênaltis e o ‘santo’ Marcos pegou o pênalti do Marcelinho Carioca”, salienta eufórico. Na ocasião, com o placar final de 4x2, o Palmeiras se classificou para a final contra o Deportivo Cali, no qual foi Campeão da Libertadores daquele ano. “Jogar contra o Corinthians dá à partida um clima tenso. Mas vencer dele tem sempre um gosto especial”, satiriza o fiel torcedor.


O rapaz sério e um tanto tímido do início da entrevista, deu lugar a um Vinicius desbocado e sorridente, que em poucos minutos teve uma sessão gratuita de nostalgia palmeirense. No entanto, esse sorriso não veio de graça, foram necessários 95 anos de história e uma bagagem repleta de títulos para que ele tomasse o rosto de tantos outros Vinicius espalhados pelo Brasil. “Eu alugaria a minha mãe para assistir uma partida do Palmeiras”, risos.



Texto: Jozieli Wolff

domingo, 13 de setembro de 2009

Modelo de brechó

A fanzine Sindromina é a revista mais estranha que uma banca pode possuir: A primeira edição (2007) contém quadrinhos e poemas. A segunda edição(2008) ficou mais gorda e possui quadrinhos, poemas, contos e xilogravura. Entretanto, a terceira edição vai ser maior ainda, contém até Moda.


Na foto, Cleverson Moura – que dificilmente conseguiria ser modelo profissional – veste roupas usadas da Belo brechó e a camiseta da fanzine.


Foram vendidas cerca de cem camisetas Sindromina com a estampa de uma tênia tocando gaita de boca (alusão ao sentimento de tristeza de ser uma solitária, pois estaria tocando um velho blues, sozinha).


Mais fotos no patopolis.com

terça-feira, 1 de setembro de 2009