quinta-feira, 25 de junho de 2009

Comercial de Coca-Cola

Por Lucas Carniel

O ursão com cara de bobo começa dançando um funk (ou axé, reggaeton, valsa... sei lá) com um bando de pássaros, abelhas, peixes, ovelhas, empunhando uma estupidamente gelada garrafa de Coca. E o os comerciais de Natal então??? Noooosssaa, um show de magia e encantamento, parecem desenhos animados da Disney, com direito a papais-noéis, trenós, ursos polares dirigindo caminhões, neve (mesmo que o calor de dezembro dos trópicos não permita tal fenômeno) e aqueles bichinhos engraçadinhos que levam o bom velhinho pra tudo quanto é quanto e que agora eu esqueci o nome. Além disso, uma infinidade de efeitos especiais com luz, fogos de artifício e que só levam o telespectador a pensar em uma só coisa: beber uma deliciosamente entupidora de veias garrafa de Coca-Cola.
Eu poderia passar o dia todo falando sobre as maravilhas e os sentimentos que estes comerciais provocam (pelo menos em mim). É algo em torno de nostalgia dos almoços na casa da vó, ou a saudade dos tempos em se pulava o muro da escola pra tomar coca no bar com os amigos (que depois iam te dedurar para a diretora, mas isso não vem ao caso rsssss).
Antes de começar a escrever esse texto (espero que esteja do agrado dos meus dois leitores.... espero que eu ainda tenha tudo isso de leitores rsss) assisti na televisão o novo comercial do refrigerante: o rapaz tirava uma “sesta” depois de um piquenique no bosque e, numa ação rápida e rasteira e, ao seu modo, romanticamente bela como uma fábula de Esopo, centenas de abelhas, besouros, formigas e borboletas se empenhavam em roubar a garrafa do dorminhoco, mostrando que a bebida, apesar de não ser exemplo de saúde, exerce fascínio também no mundo animal.
Creio que todos estes efeitos e desenhos bonitinhos não têm o objetivo de divulgar a marca, que, afinal, já está mais que disseminada pelos quatro cantos redondos do planeta, mas sim, o de provocar aquela sensação de nostalgia do almoço na casa da vó ou das aulas enforcadas pra tomar 2 litros de coca com limão e gelo no bar. Lavagem cerebral? Inteligentíssima jogada de marketing? Ou eles implantaram chips de controle da mente em nossas nucas e quando esses comerciais vão ao ar todo aquele turbilhão de emoções nos faz querer sentir aquele gosto ácido na boca? Ou é tudo isso misturado? Ou eu to falando um monte de asneira e é melhor eu parar antes que meus dois leitores se bandeiem para outro texto mais interessante deste blog? Sei lá! Só sei que quanto mais eu digo que vou tomar suco ou outra coisa mais saudável, mais vontade eu tenho de tomar coca, mesmo que depois do segundo copo a boca comece a ficar “liguenta”.
Lembrei. Renas. Esse é o nome dos bichinhos que levam o Papai Noel no trenó. ; )

3 comentários:

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Rodrigo Mello Campos disse...

Um amigo meu fala sobre mensagens subliminares nesses comerciais.

Outro, acredita que Guaraná Antartica é totalmente brasileiro e politicamente correto.

Mas a grande maioria bebe - eu também - apesar das alegações de que o refrigerante preto é nocivo a saude.

"Bom é quando faz Mal"