sexta-feira, 13 de março de 2009

Banda Hey Jack em busca do espaço

Marcelo (guitarra), Matheus (baixo), Carlos (bateria), Pedro (vocal) e João (guitarra)

A adrenalina do palco te faz esquecer os problemas
Pedro Gabriel Bandeira


A banda Hey Jack com 3 anos de existência e 5 componentes dá exemplo de dedicação e força com 3 músicas gravadas e um projeto para o lançamento do primeiro CD ainda este ano em um cenário onde o rock é deixado de lado e as competições entre as bandas são acirradas.

“Estamos cientes que a dificuldade de uma banda de rock em nossa região, e até mesmo estado, para usufruir do conhecimento do público nacional é grande. No Rio Grande do Sul ou São Paulo as bandas deslancham por que essas regiões são mais culturais, têm um povo mais inteligente”, explica Matheus, contrabaixista e segunda voz da banda.

“Sabemos que estamos começando uma batalha principalmente num momento em que os talentos sudoestinos estão indo morar para outras cidades em busca de melhor educação e melhor renda”, enfatiza Pedro, vocalista e compositor. “E também num lugar onde o rock é deixado em segundo plano pelas boates que começam inchar de aparatos eletrônicos ou a contratar duplas sertanejas para alegrar as noites boemias de nossos consumidores”, completa o guitarrista Marcelo.

“As mesmas pessoas que gostavam do rock clássico de antigamente, hoje estão mais conservadoras, ouvindo outros estilos e cobrando um corte de cabelo aparado de seus filhos ou empregados”, diz João, o guitarrista. “Nossa intenção agora é fazer shows e eventos para arrecadar dinheiro e gravar o nosso primeiro CD, e isso é muito difícil, também por que muitos CDs de bandas de nossa região não foram pagos com o dinheiro dos shows, mas sim com a ajuda dos pais ou com o dinheiro de outros trabalhos”, finaliza.

E o problema não se resume a isso. Os rockeiros sentem-se pressionados pelos metaleiros que parecem ser uma tribo distinta. “O que eles querem são solos pesados de guitarra” explica o metaleiro e guitarrista da banda, Marcelo. “Eles nos discriminam pelo estilo que temos, pelo corte de cabelo, pelas roupas. Se o boné está virado nos chamam de punk, se o cabelo está caído nos chamam de emo. O que vale é o nosso caráter e não peça de roupa ou a grife que usamos”, se defende Matheus.

Eles apóiam que deveria haver uma maior cooperação entre as bandas para a criação e manutenção da cultura sudoestina. Foi pensando nisso que o baterista Carlos Augusto agradeceu aos amigos pelo apoio, “Principalmente àqueles que ficam em frente às casas de shows durante para terminar de vender os ingressos” e mencionou que ninguém da banda é contra outros estilos, “Somos todos ecléticos”, finaliza.

“Nós temos amigos e estilos diferentes e nem por isso nos tachamos ou brigamos. É claro que fizemos gozações mesquinhas entre nós, mas não é nada sério e pegajoso”, fala João. O compositor Pedro avalia que o verdadeiro músico tem que ser eclético. “Eu e o Marcelo tocávamos rock pesado e não deixamos de ouvir o estilo popular, não nos convertemos para nenhuma seita”, comenta Pedro.

Como se isso não bastasse o grupo dinamiza a realidade de que os eventos governamentais ou empresarias apoiadores da cultura da criação e produção no estilo são escassos e de que em toda a região os donos de casas de shows trazem apenas grupos sertanejos, pagode ou eletrônico, foi o que João comentou. Nós temos em mente criarmos coisas mais comercias para agradar os pré-adolescentes e adultos também sem fugir do nosso estilo, comenta Matheus. “Antes locais como o boliche lotavam em alguns minutos. Mas hoje não há mais espaços apoiadores”, desabafa João.

A responsabilidade agora é redobrada. Os pais Pedro, 16 anos, e Marcelo, 17, devem aliar dois trabalhos e a família, e ainda tentar o sucesso. “Eu sempre quis ter um filho, mas não imaginei que seria tão cedo.”, comenta Pedro que dá aulas de bateria e violão na escola Arte & Som e se dedica às composições e ao filho nas horas vagas. Ele diz que o nascimento do filho, que já tem 9 meses, não prejudicou em nada a sua vida, “Muito pelo contrário. Isso me mudou para melhor, me fez abrir os olhos e pensar mais na conseqüência de minhas atitudes e ter mais responsabilidade e dedicação aos compromissos.”

Marcelo, que largou os estudos e trabalha na recapadora Remobel, diz que tomou um susto no início quando recebeu a notícia do filho que está para nascer em fevereiro. “Pensei: E agora? Vou ter que ter mais cabeça.”

Perfil dos Integrantes

Pedro Gabriel Bandeira, 16 anos, que vai cursar o terceiro ano do ensino médio, é compositor e vocalista, nascido em 20/09 na cidade de Dois Vizinhos. É católico e gosta de filmes no estilo comédia e cita O Poderoso Chefão e Juno. Livros: Bem encapados e guardados. Música: de preferência rock como Detonautas e Nx Zero. Ídolos: Tico Santa Cruz, vocalista do Detonautas, por que é um cara com atitude, meu pai e Dinho do Mamonas por causa de sua garra. Cozinha: paçoca e lasanha. Hobby: compor. Bandas que já tocou: High Voltage, Mr. Hyde e Overlock.

João Paulo Ruaro, guitarrista e segunda voz, 16 anos, nascido em 29/09 em Francisco Beltrão, católico. Cinema: musical e aventura. Filmes: Rock Star e Além Da Linha Vermelha. Livros: Fortaleza Digital. Música: eclético. Bandas: AC/DC, Raimundos (antigo), Dream Theater. Ídolos: Jimmy Bag. Cozinha: Salgados. Hobby: tocar violão, ouvir musica e academia. Bandas que participou: High Voltage. Ele faz entregas com seu pai que possui a empresa Iraci bolos e cursa o ensino médio técnico na UTFPR.

Matheus Belin Sueza, 17 anos, nascido em 18/10 na cidade de Drassena - SP, é católico, gosta de filmes de guerra baseados em fatos reais e comédias como Circulo De Fogo, A Lista de Schindler, Tenacious D. Livros: O Santo e a Porca, Dom Casmurro, Um Sonho No Caroço De Abacate. Música: eclético. Banda preferida: Slipknot, Linkin Park, Avenged Sevenfold, Iron Maiden e Mamonas Assasinas. Ídolos: O Dinho do Mamonas nasceu na cidade onde eu morava e Victor Wotten. Cozinha: Pizza, Lasanha, X, Hambúrguer, faço minha própria comida. Hobby: futebol, academia e namorar. Bandas que participou: High Voltage como guitarrista. Possui o ensino médio completo e trabalha na gráfica Berzon.

Marcelo Alérico, guitarrista, 17 anos, nascido em 30/06 na cidade de Francisco Beltrão, católico, gosta de filmes de comédia como Os Gatões e Super Herói. Livros: Gibi De Super Herói Da Biblioteca Publica: Música, Metal Pantera, Black Sabath e Iron Maiden. Ídolos: Steve Vai, Yngwie Malmsteen e Joe Satriani, por que os solos de guitarra deles são arrepiantes. Comida: pão, cerveja e churrasco. Hobby: tocar violão, beber e sair caminhar. Tocou nas bandas Sombra Sonora, e outros dois projetos de heavy metal. Parou de estudar para trabalhar.

Carlos Augusto Rosa de Freitas Junior, baterista, 18 anos, nascido em 23/11 em Ponta Porã - MS, católico, possui o ensino médio completo e vai cursar Sistemas de Informação. Cinema: comédia adolescente e suspense. Filmes: American Pie, O Mistério Da Libélula e Efeito Borboleta. Livros: só leio revistas em quadrinhos quando vou ao banheiro e o Botequim. Bandas: Limp Bizkit e Gloria. Música: pop e rock. Cozinha arroz, feijão, carne e pimenta. Hobby: namorar, computador (Orkut e MSN), escutar música, malhar.

sábado, 7 de março de 2009

Banda Vitrolla a Gás inicia gravações do seu CD

Marco Antônio Tesser Pereira “Dark”, guitarrista e segunda voz, Marcos Vinicius Rodrigues “Carvão”, vocalista, Rodrigo André Tartari “Neuro”, contra-baixo e Jhonatan Trindade Picini “Half” na bateria.



A banda se prepara para gravar seu CD até o final deste ano com pelo menos 7 músicas próprias; Duas composições já estão sendo gravadas

“Esta música fala sobre as pessoas que gostam de falar da vida dos outros e não enxergam um palmo a frente do nariz.” É assim que Marcos Vinicius Rodrigues, vulgo Carvão, vocalista e fundador da banda, define a sua composição de nome A música que você odeia ouvir (trecho:“Já não me importo mais com o que vão dizer / Você não deveria se importar tanto com o que eu faço / Você consegue ver as cicatrizes de sua alma no espelho”) que estará no primeiro CD do grupo.

A banda beltronense esteve recentemente em Foz do Iguaçu se apresentando em uma das casas de shows mais badaladas de lá, a Zeppelin Old Bar, especializada em Rock. Nesta casa a banda sentiu-se confortada com a sinergia entre o público. “O nosso objetivo é explorar os espaços e expandir os horizontes por que em Francisco Beltrão não temos isso, lá em Foz há pelo menos 3 casas especializadas e aqui não tem nem uma. A verdade é que a cidade não valoriza os talentos que tem, o pessoal valoriza mais os artistas de fora da cidade.”, completa Carvão.

O baixista Rodrigo André Tartari é o responsável pela criação da single Madame Caroline que esteve sendo composta desde outubro e agora está em estúdio para ser gravada. Segundo o guitarrista e segunda voz Marco Antônio Tesser Pereira a música fala de meninas descompromissadas e esnobes (trecho: “Em seu apartamento ela confessa que consegue tudo o que quer / Que nunca serei o cara certo / Eu nunca serei ninguém”).

História


“Ao voltar de Cascavel, pouco antes do início de 2008, recrutei a criançada para formarmos uma banda de rock clássico e indie rock. De início chamei o Marco Antônio e ele aceitou, além disso, ele já tinha um baixista em mente, o seu coleguinha Rodrigo Tartari Neuro”, diz Carvão. A banda teve três bateristas desde a sua formação inicial que antecederam o atual baterista Jhonatan Trindade Picini, o Haralan e o Maguila que também tocava na banda Paraná Blues.

Visão


Carvão afirma que o nível cultural de Beltrão é muito limitado no tratante ao rock. Marco explica que parte disso deve-se ao comportamento das pessoas de se acomodarem e também ao fato de que não existe mais a censura de antigamente, “As pessoas não tem mais do que reclamar”, finaliza.

Para Jhonatan “Half”, o rock é uma arte e um modo de expressão, deturpado pela mídia que historicamente sancionou o seu lado negro. Resultado disso é a popularização de um negócio muito lucrativo, o funk e o sertanejo, que massificaram a diversão com o sensualismo e a contraversão com as letras apelativas, tomando o nosso espaço em casas e boates de toda a região, explorou Carvão. “Por isso vamos trilhar um caminho mais comercial a partir de agora”, explica ele.

“Eu e o Rodrigo Neuro somos constantemente criticados por trocarmos o roque pesado pelas músicas mais calmas e comerciais, as pessoas nos discriminam por isso”, disse Marco Antônio. Jhonatan enfatiza que essas críticas devem ser tratadas para o crescimento pessoal e do grupo. O importante, segundo Marco, é não parar de tocar e estar sempre estudando e evoluindo. “Em outras palavras, é a teoria da evolução de Darwin que estamos pondo em prática”, explica Carvão.

Além da gravação do CD com sete músicas, marcada para o final deste ano, estamos em contato direto com um promoter que nos agencia shows em outras cidades, diz Carvão.

Perfil dos Integrantes

Abertura do show do Paul Di’Ano,
primeiro vocalista do Iron Maiden, em
Pato Branco no Bauhaus.



Marcos Vinicius Rodrigues (vocalista), 28 anos, aniversário em 17/09, cristão, gosta de filmes de terror, todos de George Romero (Madrugada dos Mortos, Dia dos Mortos, A Noite dos Mortos e o Diário dos Mortos. Lê livros de filosofia e gosta do “Assim Falou Zaratustra” do Alemão Nietzsche. Música: alta e barulhenta. Artistas: Little Joy, The Killers, The Beatles. Ídolos: vocalista do Alice in Chains (Layne Staley) Eddie Vedder, vocalista do Pearl Jam, Dolores O'Riordan, vocalista do The Cramberies por que os timbres de suas vozes são únicos. Cozinha: quente. Seu hobby é cantar. Contato email/MSN: carvaooo@hotmail.com


Rodrigo André Tartari (baixista), 17 anos, aniversário em 20/02, católico. Gosta dos filmes Pulp Fiction, Medo e Delírio em Las Vegas e Clube da Luta e do gênero de suspense. Suas bandas preferidas são Pearl Jam, Led Zeppelin e Megadeth. Seus ídolos são Cliff Burton, baixista do Metallica e John Paul Jones, baixista e tecladista do Led Zeppelin, por que tudo que fizeram no meio musical esta sendo usado como estudo e pela atitude deles. Livros: Coleção Vagalume (risadas). Cozinha: churrascada, cerveja e salada. Hobby: tocar. Contato MSN/email neeurao@hotmail.com

Marco Antônio Tesser Pereira, 17 anos, faz aniversário em 17/05. Gosta de filmes do gênero ficção e musicais. Dos que já assistiu gostou de Across the Universe, Rockstar, Detroit Rock City, A Liga Extraordinária, Hancock. Livros: O Médico e o Monstro, Fernão Capelo Gaivota, O Pequeno Príncipe. Música: Hard Rock e um pouco de cada estilo. Ídolos: Angus Young, Malcolm Young, Marty Friedman, Zakk Wildy, Dimme Bag Darrell, Synyster Gates. Cozinha sanduíche e tudo o que for salgado. Hobby: dormir. Contato MSN/email lennon__@hotmail.com

Jhonatan Trindade Picini, 16 anos, faz aniversário em 28/01, católico, filmes de suspense como V de Vingança, O Som do Coração, Horton, O Mundo dos Quem e de musica como Rockstar. Livros: anjos e demônios. Musica: eclético. Bandas: Stell Dragon, Buck Cherry, AvengedSevenFold. Ídolos: Fred Durst, pelas suas atitudes, João gordo, The Reverend pelas técnicas e habilidades. Cozinha: strogonoff de frango e frutos do mar. Hobby: cortar a grama e brincar com meu animal de estimação. Contato MSN/email half@semdominio.com.br

Contato
Carvão – 046 88096992